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Discos raros de Lula Côrtes e Flaviola, da Rozenblit, são lançados no streaming

Ambos discos foram digitalizados pelo próprio engenheiro de som da época, Hélio Rozenblit, que está à frente do processo da gravadora


Do Jornal do Commercio

Foto: Secult-PE/Divulgação


Durante décadas, alguns discos da gravadora Rozenblit - uma das maiores fabricantes do mercado fonográfico brasileiro nas décadas de 1950 e 1960 - ficaram desconhecidos dos consumidores na era digital. Em um processo de regate das suas obras publicadas, a gigante pernambucana tem publicado alguns raros e importantes para a música popular brasileira nas plataformas de streaming. "Flaviola e o Bando do Sol", de Flaviola, e "Rosa de Sangue", Lula Côrtes, são as duas novidades que a Rozenblit traz aos seus canais digitais.


Ambos discos foram digitalizados pelo próprio engenheiro de som da época, Hélio Rozenblit, que está à frente do processo da gravadora. O primeiro disco chega em um momento oportuno para relembrar o primeiro trabalho solo do poeta, cantor e compositor recifense Flaviola. O artista é considerado um dos ícones da psicodelia pernambucana, em um momento chamado Udigrudi, ao lado de Alceu Valença, Ave Sangria, Lula Côrtes, Marconi Notaro e Lailson.


O artista, que residia no Rio de Janeiro, faleceu em junho dete ano, vítima da Covid-19, aos 68 anos. "Flaviola e o Bando do Sol", que é de 1974, chegou a ter uma reedição em LP, lançado em 2020. O no também marcou seu último trabalho inédito, o diso "Ex-Tudo". Martelo dos 30 anos" (1985), Quasar do sertão" (1986) e "Décimas de um cantador" (1987) foram algumas das arcerias que o artista teve com Zé Ramalho.


Flaviola e o Bando do Sol" ficou disponível, a partir desta sexta-feira (22), nos canais da Rozenblit no Deezer, Spotify, Tidal, Apple Music e YouTube. "Tido como o detentor da sonoridade mais doce entre os demais lançamentos da música psicodélica pernambucana, este album é marcado pelos vocais sem iguais e pelas suas letras ricas de um teor poético, atetado pelas adaptações musicais de Shakespeare Maiakóvski, García Loca e Henriqueta Lisboa feitas por Flaviola em um verdadeiro trabalho de ourives", diz o comunicador do selo.


RARIDADE


Primeiro disco solo de Lula Côrtes, "Rosa de Sangue" era um dos álbuns mais raros da música brasileira até pouco tempo. Em 2019, teve relançamento pela Polysom, e retornou ao mercado fonográfico em formato LP. O mesmo já havia acontecido com a sua parceria com Zé Ramalho, o álbum "Paêribu - Caminho da montanha do sol", de 1975, considerado a produção mais rara - e também mais cara - do Brasil.


Em 1980, quando a Rozenblit já enfrentava uma crise financeira, Lula foi a estúdio com as composições prontas e finalizou seu material. No mesmo ano, o artista assinou com a Ariola, multinacional que estava apostando no mercado brasileiro na época. Ao migrar de selo, Lula levou algumas canções do disco da Rozenblit no álbum "O Gosto Novo da Vida", em 1981. Isso desencadeou uma batalha na justiça, tornando o "Rosa de Sangue" raro nas prateleiras nacionais, porque nenhum dos dois selos quis investir.


Em junho de 2019, a Polysom relançou o material de Lula Côrtes na coleção "clássicos em vinil", trazendo ao público um produto quase inédito. O "Rosa de Sangue" tra canções clássicas, como "Noite Preta", ua parceria om Alceu Valença e é Ramalho, sendo esta disponibiliza no primeiro disco solo de é; e "A Pisada é Essa", um hino de Capiba, de 1952.


"Roa de Sangue" chegará aos canais digitais da Rozenblit no dia 29 de outubro. "Mais um vez reunindo galácticos como Alceu Valença, Paulo Rafael, Zé da Flauta, Agrício Noya, Zé Rosa e outros, além de demonstrar a faceta que Lula desfrutava de grande pai musical da cena da época, dando espaço para novos nomes de então como Tito Lívio, Don Tronxo e Rodolfo Aureliano.


Musicalmente, o tricórdio, indissociável de sua imagem, ressoa tão bem aos ouvidos como sempre, sem contar o encaixe perfeito de letra renomadas na voz do rei Luiz Gonzaga e uma total repaginada de uma composição de, também rei, Capiba", aponta o comunicado da gravadora.


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