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Mais de uma semana após tragédia, moradores ainda precisam de botes para sair de casa em Jaboatão

Atualizado: 8 de jun. de 2022

Nesta segunda (6), a comunidade Novo Horizonte, em Barra de Jangada, segue alagada como um "pântano"


Do G1 PE

Foto: Reprodução/TV Globo


Mais de uma semana após as chuva, moradores continuam ilhados e dependem de botes para chegar e sair da comunidade Novo Horizonte, em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A região ficou alagada por causa do temporal que deixou 128 mortos em Pernambuco. A comunidade fica perto do Rio Ipiranga, que transbordou. Nesta segunda (6), a região seguia alagada como um "pântano".


A comunidade fica perto do Rio Ipiranga, que transbordou. A água invadiu as casas dos moradores, que perderam móveis e eletrodomésticos nos alagamentos. Nesta segunda (6), a região seguia alagada como um "pântano". Um dos moradores afetados foi o relojoeiro José Herculano da Silva, que disse nunca ter vivido algo desse tamanho parecido. "Já passei por isso várias vezes, em vários invernos. Essa foi uma das piores, porque das outras vezes [a chuva] foi menor. Foi um dos maiores invernos que teve. Cobriu tudo aqui", disse.


Na comunidade Novo Horizonte, a maioria das casas já foi construída com uma espécie de batente, para tentar conter os alagamentos e evitar a entrada da água nas residências. Isso não foi suficiente.


A dona de casa Vera Maria da Silva perdeu muitos bens no alagamento. "Cama, não tenho. Guarda-roupas também não. A geladeira, não tenho. O fogão, piorou mesmo, porque já não prestava e a água cobriu. Agora é que está secando um pouco", declarou.


A dona de casa Maria dos Prazeres passa os dias fazendo o trajeto entre a casa dela e a residência de parentes, de bote, com a ajuda de vizinhos que têm a embarcação. Algumas pessoas procuraram abrigos da prefeitura, mas a maioria seguiu no local, por medo de ser saqueada.


"Se a gente sair todos juntos, vão invadir a casa da gente e levar aquilo que a gente já não tem. Alimento, algum móvel que a gente possui. A gente tem medo de sair por causa disso. Mas muita gente saiu e foi para a creche", disse.


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