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Bispos visitam área de deslizamento de terra em Jaboatão

Os bispos foram consolar a população que se viu diante de uma tragédia: pai, mãe e dois filhos morreram soterrados




Da Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação


Com sol forte depois das chuvas intensas na região metropolitana do Recife, dom Fernando Saburido e dom Limacêdo Antônio visitaram, no sábado pela manhã, uma área que sofreu deslizamento de barreira em Jaboatão dos Guararapes. Os bispos foram consolar a população que se viu diante de uma tragédia: pai, mãe e dois filhos morreram soterrados.


“Aqui estamos para trazer uma palavra de apoio aos familiares que perderam quatro entes queridos, uma família inteira ceifada por essa targédia”, disse o arcebispo. “Preocupa-nos muito a situação desta comunidade, sobretudo aquelas pessoas que se encontram no alto do morro, cujas casas estão ameaçadas de ruir”. O arcebispo cobrou dos governos estadual e municipal atenção para a área, com ações emergenciais e também de prevenção de ocorrências como esta.


Mesmo com o difícil acesso à área, com lama por toda parte e máquinas ainda trabalhando, os bispos conversaram com alguns moradores e ouviram o pedido de maior segurança para a região, especialmente no período de chuvas. Dom Fernando teve oportunidade de conversar com Sheina, familiar das vítimas que estava muito abalada pois haviam encontrado, há poucos minutos, os corpos das duas últimas pessoas que estavam desaparecidas: pai e filha que estavam bem próximos, no sofá da sala, o que leva os bombeiros a crerem que, no momento do deslizamento da barreira, os dois estavam assistindo televisão.


“Enquanto Igreja, estamos aqui recordando a visita que Jesus fez à família de Lázaro, Maria e Marta, unindo-nos à dor dos familiares e vizinhos”, comentou o bispo auxiliar, dom Limacêdo.


Muitos choraram a tragédia de Cavaleiro, como Sebastião Farias de Melo, de 63 anos. “Eu moro aqui há 43 anos e nunca vi disso”, comentou. “A barreira com o encharcado desceu, matou os quatro e eu sinto muito a morte deles, porque é o mesmo que ser de minha família, porque a gente se conhecia, se falava, se ajudava, todos somos irmãos, filhos de Deus”.


Segundo o major Ayres Luna, supervisor de operações do Corpo de Bombeiros, foram cerca de 60 horas de trabalho, com efetivo de 30 homens do Corpo de Bombeiros, Canil e Grupamento de Busca e Salvamento, mais o apoio da Defesa Civil do município e de voluntários para localizar e resgatar os corpos. A dor do povo, no entanto, continua no medo de novos deslizamentos. “O próximo passo será cortar as árvores que estão na área pois existe ainda risco de desabamento e as árvores podem aumentar o peso e o estrago, caso tudo venha abaixo”, disse o major.


Três casas foram atingidas pelo deslizamento da barreira que ocorreu no início da noite do dia 13. Duas estavam desocupadas na hora. Na terceira, morreram Sílvia Regina da Silva e seu marido Oswaldo Pessoa Siqueira, com os filhos Otávio e Isabeli, de 16 e 12 anos, respectivamente.




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