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Vereador e seis assessores são afastados após investigação de rachadinhas na Câmara do Jaboatão

A informação foi repassada pela Polícia Civil, no fim da manhã desta terça (20), após o encerramento da Operação Diké

Do G1 PE

Foto: Reprodução/TV Globo

A ação policial que investiga um esquema de rachadinhas na Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, provocou o afastamento dos cargos de um vereador e de seis assessores. Também houve o sequestro de bens e bloqueio de dinheiro, quantia que chegou a R$ 500 mil. A informação foi repassada pela Polícia Civil, no fim da manhã desta terça (20), após o encerramento da Operação Diké. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela corporação por causa da lei de abuso de autoridade.


O esquema de rachadinha é caracterizado pela prática de corrupção envolvendo o repasse de parte dos salários de assessores para o parlamentar ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função.


Segundo a Polícia Civil, funcionário de um gabinete integravam uma organização envolvida em peculato, crime praticado por servidores públicos para obter vantagem usando o cargo, e lavagem de dinheiro.


A delegada Viviane Santa Cruz afirmou que foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão domiciliar, além dos afastamentos tanto de um vereador como de seis assessores. Todos eles foram cumpridos na ação, que recolheu documentos e computadores.


“Todo o gabinete participava. Alguns servidores chegavam a trabalhar e passavam parte do salário ao vereador e outra parte recebia o salário da câmara e atuava em um centro de serviço social particular do vereador", detalhou a delegada.


A operação Diké foi deflagrada no início da manhã pela Primeira Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Deccor). As investigações foram iniciadas após denúncias realizadas em junho.


O delegado Diogo Melo disse o vereador afastado foi eleito em 2020 e tomou posse 2021. Seis servidores estavam diretamente ligados ao esquema criminoso.


"Eles abordavam os outros e cobravam dinheiro. Era o núcleo duro da organização. O vereador alegaria que estava pagando contas de campanha. Os servidores compravam carros e pagavam um imóvel do parlamentar", acrescentou.


Participam da Operação Diké 60 policiais civis. As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro – LAB/PCPE. Houve, ainda, o apoio do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).


O que diz a Câmara Municipal


Por nota, a Mesa Diretora da Câmara de Jaboatão dos Guararapes informou que "desconhece o teor da operação realizada pela Polícia Civil" e disse que reafirma o seu "compromisso com a ética e as boas práticas na administração pública como norteadoras da atual gestão, não tendo conhecimento de qualquer atitude que desabone a conduta de servidores ou parlamentares.


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