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Três tartarugas aparecem mortas em praia de Jaboatão

A principal hipótese é de que os bichos tenham ficado presos em redes de pesca e, com isso, morreram afogados, sendo trazidos para a costa




Do G1 PE Foto: Reprodução/WhatsApp

Três tartarugas foram encontradas mortas na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, neste domingo (15). Segundo o ambientalista da Secretaria de Meio Ambiente do município, Adriano Artoni, a principal hipótese é de que os bichos tenham ficado presos em redes de pesca e, com isso, morreram afogados, sendo trazidos para a costa.


Dois dos animais estavam nas imediações do Sesc do bairro, enquanto o terceiro foi localizado próximo a um hotel. Duas delas eram fêmeas e a terceira, devido aos danos, não foi possível identificar, explicou Artoni.


A administradora de empresas Socorro Ferreira caminhava pela orla, quando encontrou uma das tartarugas. "Eram umas 5h30. Se você for ver, parecia que ela estava colocando os ovos. Ela estava sangrado", contou.

A tartaruga localizada por Socorro era a maior das três, afirmou Artoni. "Era uma tartaruga-de-pente, fêmea, de 80 centímetros e cerca de 50 quilos. Ela veio boiando e encalhou na praia. Veio pela correnteza, já morta", relatou.


O ambientalista explicou que, de fato, o animal chegou com ovos, embora não seja possível afirmar que ele vinha desovar neste domingo na praia. "As tartarugas ficam de 15 a 20 dias observando o local para depois subir, ficam se alimentando, antes de depositar. Ela provavelmente ficou enrolada na rede fundeada. O pescador, quando foi recolher a rede, solta e o animal vem bater na costa", apontou.


Com a constatação de que havia ovos viáveis na tartaruga morta, as equipes da prefeitura fizeram a retirada e enterraram em um ninho para tentar que choquem. "Vamos ver se vai dar certo e se os ovos eclodem em uns 60 dias", disse.


Outra delas era uma tartaruga-verde de aproximadamente 60 centímetros e cerca de 50 quilos. "Era uma fêmea, mas muito novinha para ter ovos", relatou Artoni. O período de desova inciou em setembro e vai até maio do próximo ano.


A terceira era uma tartaruga-cabeçuda, de aproximadamente 47 centímetros. "Ela chegou já aberta e sem parte dos órgãos. Tinha cerca de 25 quilos. Não tivemos como precisar se era fêmea também", afirmou o ambientalista.


As três foram enterradas pela equipe de limpeza urbana de Jaboatão dos Guararapes na areia da praia, em uma área isolada, seguindo o protocolo padrão, explicou Artoni. Amostras foram coletadas para passar por análises.


Riscos das redes


A prefeitura tem uma parceria com associações e a colônia local de pescadores, apontou Artoni. "Eles colocam as redes e ficam monitorando. Quando acontece de uma tartaruga ou algum outro animal ficar preso, eles nos acionam e fazemos o resgate para devolver à natureza. O problema são os não-registrados", afirmou o ambientalista.


Segundo ele, alguns pescadores afundam redes e voltam apenas no dia seguinte, o que representa um risco para animais marinhos como tartarugas e golfinhos. "A gente faz o monitoramento para tentar coibir esse tipo de coisa. É preciso ter uma maior fiscalização em cima desses pescadores autônomos", relatou.


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