A decisão estipula o prazo de 30 dias para que a instituição financeira apresente explicações sobre o pedido de informações feito pelos autores da ação
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O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por meio da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca do Jaboatão dos Guararapes, emitiu nesta quarta-feira (15) um despacho com força de mandado pela inclusão do Banco do Brasil na ação que analisa o possível endividamento da prefeitura causado pela gestão Mano Medeiros (PL). A decisão estipula o prazo de 30 dias para que a instituição financeira apresente explicações sobre o pedido de informações feito pelos autores da ação.
Apesar de a prefeitura contar com previsão de arrecadação de Receita Corrente Líquida (RCL) referente ao exercício financeiro de 2023 no valor de cerca de R$ 2,3 bilhões, conforme dados do portal da transparência do município, a atual gestão tem tentado contratar um montante de R$ 220 milhões em empréstimos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil.
Cabe ainda ressaltar que houve uma contratação prévia de R$ 216 milhões na gestão do ex-prefeito Anderson Ferreira (PL), antecessor e padrinho político de Mano Medeiros, o que resulta num montante de R$ 436 milhões em empréstimos, que custará aos cofres públicos da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, juros de mais de R$ 200 milhões.
Ao todo, o comprometimento da receita do município pode chegar a R$ 636 milhões.
"Fato é que a gestão de Anderson Ferreira e Mano Medeiros endividou o município, algo grave e que pode, sim, afetar tanto a saúde financeira da cidade como o futuro da população. Temos debatido com as pessoas o quão danoso é um governo que não elenca prioridades a partir de um processo democrático de escuta popular", observou Elias Gomes (PT), ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes e pré-candidato da federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB) ao Executivo Municipal.
"Hoje, a cidade assiste a um desgoverno que insiste em produzir ações eleitoreiras com o único objetivo de manter no poder um projeto pessoal responsável por um retrocesso sem tamanho", pontuou Elias.
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