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Mais uma adolescente é atacada por tubarão em Piedade

O caso desta segunda aconteceu nas proximidades do edifício Vila Alda, em Piedade

Do G1 PE

Foto: Reprodução/WhatsApp


Uma adolescente de 14 anos foi atacada por um tubarão nesta segunda (6), na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. A vítima foi levada para o Hospital da Restauração (HR), na área central da capital. O caso desta segunda aconteceu nas proximidades do edifício Vila Alda, em Piedade, a cerca de 500 metros da igrejinha, onde houve ataque do domingo (5), segundo a Polícia Militar.


No domingo (5), um adolescente da mesma idade também foi vítima de tubarão na mesma praia, e teve a perna amputada.


Segundo o HR, uma equipe médica recebeu a vítima às 13h20. Ela foi retirada da praia de helicóptero. A Polícia Militar identificou a vítima como Kaylane Timóteo Freitas, 14 anos.


Segundo o coordenador do Samu de Jaboatão, Marcelo Alves, a jovem estava consciente quando foi socorrida e a lesão que mais preocupa é a amputação do braço.


“A equipe já fica alerta sobre esses fatos que vêm acontecendo. A motolância fica de base na Igrejinha. Infelizmente, tem lei que diz que não pode tomar banho, mas o pessoal insiste em entrar no mar”, afirmou.


A praia de Piedade é uma área restrita para banho desde 2021, pela frequência de ataques do tipo. Este é o terceiro ataque no litoral de Pernambuco desde 20 de fevereiro, quando um surfista foi mordido na praia Del Chifre, em Olinda.


O caso desta segunda aconteceu nas proximidades do edifício Vila Alda, em Piedade, a cerca de 500 metros da igrejinha, onde houve ataque do domingo (5), segundo a Polícia Militar.


Imagens mostram a vítima na areia, coberta com uma toalha. Nos vídeos também é possível observar ela sendo levada pelos bombeiros.


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) disse que a mulher apresentava lesão no braço esquerdo, barriga e perna. A vítima foi encaminhada para cirurgia.


A psicóloga Andréa Caribé mora em um edifício em frente ao local onde o acidente aconteceu. Segundo ela, a maré estava cheia quando começou a movimentação para socorrer a vítima.


"Era uma mulher. Quando eu vi, já estava coberta por um pano e sendo levada [pelos socorristas]", disse. Andréa conta que, mesmo depois do ataque, alguns banhistas continuaram na água. "Eles [os guarda-vidas] estão tirando as pessoas a pulso", diz.


A Igrejinha de Piedade fica na área onde um adolescente de 14 anos sofreu um ataque de tubarão na manhã de domingo (5). O jovem, que foi mordido na coxa direita, está internado no Hospital da Restauração e teve a perna amputada nesta segunda (6).


Em nota, a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes lamentou a ocorrência. Segundo a gestão municipal, o local do incidente desta segunda (6) "não era considerado de risco".


No entanto, segundo o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit), há risco de incidentes no trecho de 36 quilômetros entre a Praia de Bairro Novo, em Olinda, até os Arrecifes do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho.



Um decreto estadual está em vigor desde 1999 e há 150 placas indicativas do risco de incidentes com tubarão em toda essa extensão, incluindo Jaboatão.


A prefeitura disse ainda que vai procurar o Cemit para marcar uma reunião a fim de avaliar novas providências que deverão ser tomadas.


Histórico de ataques

Antes do caso de domingo, o último registro de mordida de tubarão em Pernambuco foi feito há menos de 15 dias, quando um surfista foi atacado por tubarão em Olinda, também no Grande Recife.


Antes disso, um turista de


Rondônia teve o pé ferido por um tubarão em Fernando de Noronha, em abril de 2022. Poucos meses antes, uma menina de 8 anos também foi atacada na ilha e teve a perna amputada.


Em 2021, duas pessoas foram mordidas por tubarão em Jaboatão dos Guararapes. Uma morreu e outra ficou ferida. A área da igrejinha foi interditada.


Com o ataque deste domingo (5), sobe para 77 o número ocorrências envolvendo tubarões no estado, sendo 67 no continente, e outras dez, em Fernando de Noronha. A contagem foi iniciada em 1992, quando se registrou o primeiro caso em Pernambuco.


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