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Juntas pedem prioridade na vacinação para gestantes e puérperas

A prerrogativa consta no Projeto de Lei nº 2041/2021, protocolado pela parlamentar no último dia 9




Da Assessoria de Imprensa


Vacina/Grávida


Alertando para o problema da mortalidade materna no Brasil, a representante do mandato coletivo Juntas (PSOL), deputada Jô Cavalcanti, usou seu pronunciamento na Reunião Plenária desta quinta (15) para defender que gestantes e puérperas sejam priorizadas no Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19. A prerrogativa consta no Projeto de Lei nº 2041/2021, protocolado pela parlamentar no último dia 9.


“A cada dez mulheres que morrem durante a gestação, parto ou em até 42 dias após o término da gravidez por alguma causa relacionada a ela em todo o mundo, oito estão no Brasil”, registrou, destacando os recortes social e racial desses óbitos. “Em Pernambuco, 80% das mulheres vítimas de morte materna são negras. A maioria das ocorrências deve-se à falta de acesso a um serviço de pré-natal de qualidade e a fatores decorrentes da violência obstétrica.”


Jô Cavalcanti pontuou, ainda, a maior vulnerabilidade de gestantes e puérperas na pandemia do novo coronavírus. “Pesquisas científicas têm mostrado maiores taxas de aborto espontâneo, partos prematuros, quadros de eclâmpsia e outras complicações decorrentes do vírus”, revelou.


“Além de melhorar o atendimento, é preciso garantir prioridade na vacinação. Esse é o foco da proposta que nosso mandato construiu coletivamente com movimentos sociais e especialistas da área”, informou, pedindo que a matéria seja pautada brevemente para votação. A deputada disse estar em curso uma articulação para que seja apresentado projeto semelhante na Câmara Federal. Ela ainda observou que a imunização fora prevista em nota técnica do Ministério da Saúde, segundo a qual não há comprovação científica sobre riscos às grávidas ou aos fetos.


O posicionamento recebeu o apoio dos deputados Teresa Leitão (PT), João Paulo (PCdoB) e Doriel Barros (PT), que se manifestaram em apartes. “Fiz um apelo ao Governo do Estado solicitando atenção às gestantes e puérperas na vacinação. Esta nova cepa do vírus tem se mostrado mais agressiva e a imunização desse público tem o potencial de salvar duas vidas”, enfatizou a petista. “É importante que a Alepe paute todos os projetos relacionados à pandemia”, cobrou Barros.


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