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Dois anos do desastre que vitimou 64 pessoas em Jaboatão dos Guararapes com quedas de barreiras

O bairro de Jardim Monte Verde foi o mais afetado pelo desastre natural e contabilizou a perda de 48 pessoas. Na área que compreende Jaboatão, foram 22 mortes, conforme informados do Unidos Por Jardim Monte Verde Restaurado

Foto: Internet/Divulgação


O dia 28 de junho marca dois anos da tragédia que matou 130 pessoas em Pernambuco devido às fortes chuvas que atingiram diversas cidades. Desses números, 64 foram contabilizados em Jaboatão dos Guararapes, cidade com maior índice de mortes. Seguido de Recife (50), Camaragibe (7) e Olinda (6). Paulista e Camaragibe registraram um em cada município.


O bairro de Jardim Monte Verde foi o mais afetado pelo desastre natural e contabilizou a perda de 48 pessoas. Na área que compreende Jaboatão, foram 22 mortes, conforme informados do Unidos Por Jardim Monte Verde Restaurado. As marcas não só estão presentes no local, mas nas lembranças dos moradores que ainda não esqueceram do triste episódio. Em outras comunidades, o nível da água ainda é visível. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), choveu na época 310 mm em apenas três dias, de 27 a 30, o que estava previsto para todo o mês de maio.


Dois anos se passaram e a localidade ainda não recebeu o investimento esperado para obras de contenção e, também, em outras áreas que tiveram mortes e ainda não viram a movimentação de máquinas e de homens trabalhando. Enquanto isso, o sentimento em alguns pontos de risco é de “tragédia anunciada”, sobretudo, com a chegada de mais um período chuvoso e a incerteza da história se repetir.


Conforme o Brasil de Fato, mais de um milhão de pernambucanos vivem sob risco de cheias ou deslizamentos, aponta estudo, publicado no último dia 20. Os municípios de Igarassu (60% da população) e Jaboatão (29%) têm os piores índices da Região Metropolitana. O percentual coloca o Estado como a terceira com maior proporção de pessoas vivendo em áreas de risco, atrás da Bahia (17,3%) e do Espírito Santo (13,8%).


Um dia antes de completar dois anos do desastre, a Prefeitura do Jaboatão informou nas plataformas de comunicação e na imprensa que os investimentos previstos destinados à infraestrutura. Ao todo, somam R$ 449,3 milhões em obras de contenção, pavimentação e recuperação de vias com sistemas de drenagem, construção e revestimento e limpeza de canais, de canaletas e de galerias. Desses, 120,9 milhões em obras de contenção de encostas em execução, em processo de licitação ou a licitar.


Outros R$ 150 milhões em projetos foram encaminhados ao Governo Federal para captação de recursos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dos quais R$ 60 milhões já foram selecionados e o restante em avaliação. Ao todo, são R$ 270,9 milhões em projetos de encostas. Para a aplicação de 50 mil metros quadrados de geomantas em encostas, o aporte financeiro é de R$ 8 milhões.


Que a tragédia de 2022 em Jaboatão seja um alerta para que o poder público, seja nas esferas municipal, estadual e federal, invista nas áreas de morros e encostas para prevenir futuros desastres. E que os valores de investimentos sejam além de anúncios. De fato, se concretizem e transformem a vida das pessoas em esperança e com noites tranquilas. Enquanto em Monte Verde, apesar da dor, o sentimento de dias melhores permaneça nos corações de cada um.



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