As preparações vegetarianas serão tema de minicurso no Masterclass, projeto de formação continuada realizado pelo Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE)
Foto: Divulgação
Cerca de 14% da população do país é adepta a uma alimentação sem carne, o que representa aproximadamente 30 milhões de brasileiros. Os dados são da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). Entre as motivações que levam as pessoas a adotar esse tipo de dieta estão a questão ética, com relação aos direitos dos animais, além da preservação da saúde e do meio ambiente. Controle da diabete, maior consumo de fibras e prevenção de outras doenças, como hipertensão, são alguns dos benefícios que uma alimentação baseada em vegetais pode proporcionar.
As preparações vegetarianas serão tema de minicurso no Masterclass, projeto de formação continuada realizado pelo Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). A formação vai acontecer nesta sexta-feira, (26/07), das 9h ao meio-dia, no campus da instituição de ensino, na Imbiribeira e ao lado do Geraldão. A palestra será conduzida pela doutora em Nutrição e professora de Unit-PE, Viviane Santos. “A oficina será uma oportunidade para os participantes elaborarem preparações adaptadas aos conceitos vegetarianos, como moqueca de ovos, farofa de banana com cenoura e falso cheesecake com geleia de frutas”, acrescenta a nutricionista.
A especialista pontua outras razões para que cada vez mais pessoas adotem esses hábitos. “Preservação do meio ambiente, questões socioeconômicas e estética também podem ser outros motivos que justifiquem a adoção ao vegetarianismo”, detalha. Segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o número de restaurantes vegetarianos cresceu 27% entre os anos de 2021 e 2023.
Benefícios à saúde
A nutricionista afirma que existem benefícios relacionados a uma alimentação baseada em vegetais, como o combate e a prevenção a doenças crônicas. “Uma dieta sem carne pode ser benéfica quanto à redução dos níveis de colesterol, auxiliando na saúde do coração, além de proporcionar melhorias no processo de digestão dos alimentos”, explica.
Um maior consumo de diversos nutrientes também é um ponto positivo. “As dietas vegetarianas e veganas também são mais ricas em fibras, devido ao maior consumo de frutas, verduras, leguminosas, cereais integrais e nozes. Assim, estes grupos de alimentos irão oferecer um maior consumo de substâncias como antioxidantes e compostos bioativos que podem ajudar na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis”, explica Viviane. Além disso, as fibras também auxiliam no trânsito intestinal, principalmente se houver uma boa hidratação, e na redução da glicose no sangue.
Cuidados
Mesmo que existam leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha, soja), oleaginosas (amendoim, nozes) e outros vegetais que contenham proteínas, esses nutrientes são encontrados em maior quantidade em alimentos de origem animal. As proteínas de origem vegetal, inclusive, têm um valor biológico menor, ou seja, têm menos aminoácidos essenciais para o corpo. Por isso, Viviane chama a atenção para os perigos do baixo consumo de proteínas. “O menor consumo proteico pode levar à perda de massa muscular, especialmente em praticantes de atividades físicas, como também em pessoas idosas. A fadiga em excesso é outro sinal que pode ser relacionado à deficiência energética por conta do baixo consumo de proteínas”, alerta.
A especialista também aponta outros nutrientes que podem acabar sendo menos consumidos em dietas vegetarianas. “Deficiências de ácidos graxos (como ômega 3), ferro, zinco, vitaminas D e B12 merecem atenção na dieta vegetariana ou vegana”, especifica Viviane. Por outro lado, a nutricionista diz que ainda é possível adotar uma dieta sem carne. “O acompanhamento do profissional nutricionista é essencial na orientação de uma dieta adequada às necessidades de cada indivíduo”, aconselha.
Viviane defende ainda que o vegetarianismo pode ser seguido por qualquer pessoa, independentemente da faixa etária. “De maneira geral, crianças, jovens, adultos ou mesmo idosos podem adotar as dietas vegetarianas, tomando certos cuidados para evitar prejuízos nutricionais relacionados ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, perda muscular ou mesmo fragilidade óssea em idosos, anemia, entre outros pontos”, comenta. Ela ressalta ainda que o consumo de leguminosas, em algumas pessoas, pode causar desconfortos abdominais, o que pode dificultar a dieta vegetariana.
Sobre o Masterclass
O Masterclass conta com uma programação com mais de 20 minicursos gratuitos e abertos ao público das áreas de Administração, Direito, Enfermagem, Estética e Cosmética, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Odontologia e Tecnologia. Para conferir a programação completa e realizar inscrições, basta acessar o site https://www.unit.br/masterclass-unit-pe-2024.
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