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Aliança: Cavalo Marinho Mestre Batista celebra 74 anos com tradição e brincadeiras populares 

A agremiação fundada, em 1950, reúne trabalhadores da cana-de-açúcar em celebração marcada por teatro, música e dança; evento acontece no sábado, 23 de novembro, a partir das 20h

Foto: Divulgação


O Cavalo Marinho Mestre Batista, uma das mais importantes manifestações culturais da Zona da Mata Norte de Pernambuco, celebra 74 anos de tradição com um grande evento neste sábado, 23, na Chã de Câmará, Zona Rural de Aliança. Criado em 1950 por trabalhadores da cana-de-açúcar, o grupo mantém viva uma cultura ancestral que combina elementos de teatro, música, dança e poesia. Ao todo, 21 componentes integram a agremiação, que já percorreu diversos estados brasileiros, como Bahia e Rio de Janeiro, além de ter se apresentado internacionalmente em Paris, França e na Alemanha, vão se apresentar para o público a partir das 20h. A cultura do cavalo marinho há dez anos integra o Livro de Registro das Formas de Expressão, pelo Iphan, o qual reconhece como Patrimônio Imaterial do Brasil.


O Cavalo Marinho é uma forma de teatro popular que se manifesta, principalmente, durante os ciclos do Carnaval e do Natal, mas também marca presença em outras festividades culturais. Suas apresentações são verdadeiros espetáculos, no qual elementos cênicos, musicais e dançantes se fundem para contar histórias e representar situações cotidianas, sempre com um toque de humor e improviso. O enredo é conduzido por personagens tradicionais, como o mateus e o bastião, figuras centrais que interagem com o público de forma irreverente. Outros personagens, como o capitão, o caboclo de arco, a burrinha e o Soldado, também compõem a trama, trazendo à cena elementos do cotidiano rural e da cultura popular.


A tradição do Cavalo Marinho remonta a influências das culturas africana, indígena e europeia, refletindo as complexas raízes que se entrelaçam na Zona da Mata Norte, um território marcado pelo ciclo canavieiro. Os brincantes, chamados de folgazões, dão vida ao espetáculo com máscaras, paletós, chapéus e dança, promovendo um espetáculo vibrante que carrega a memória coletiva e o espírito festivo do povo.


Durante o evento, os folgazões prometem levantar poeira e remontar as antigas apresentações, quando as brincadeiras começavam à noite e seguiam até o amanhecer. Na ocasião, o público também poderá assistir a uma apresentação especial do Mestre Anderson, de Nazaré da Mata; Ciranda Rosa de Ouro e do Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, proporcionando uma celebração inesquecível e marcante da cultura popular.

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